quarta-feira, 29 de abril de 2020

Comunidade desafiada a assinalar mês de maio com a construção de terços

O Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, desafiou a comunidade a construir terços de flores ou materiais reciclados ou reutilizáveis para assinalar o mês de maio, mês de Maria.
O convite foi lançado na celebração da Eucaristia do passado sábado, onde D. Jorge Ortiga pediu para que este desafio da construção dos terços seja um momento de união familiar. “Ao aproximar-se o mês de maio, quero pedir para que as famílias façam um terço de flores, de papel ou outro material. O terço também poderá ser feito de balões, colocando uma mensagem no lugar da Cruz. Peço às famílias que o coloquem num lugar bem visível das suas casas, nas varandas ou janelas, voltados para a rua”, disse o Arcebispo, apelando para que a recitação do terço volte a entrar nos hábitos das famílias.

Mensagem do Papa Francisco para o 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

3 de maio de 2020 - IV Domingo da Páscoa
«As palavras da vocação»
"Queridos irmãos e irmãs!

A 4 de agosto do ano passado, no 160º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars, quis dedicar uma Carta aos sacerdotes, que todos os dias, obedecendo à chamada que o Senhor lhes dirigiu, gastam a vida ao serviço do Povo de Deus.
Então escolhi quatro palavras-chave – tribulação, gratidão, coragem e louvor – para agradecer aos sacerdotes e apoiar o seu ministério. Acho que, neste 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, poder-se-iam retomar aquelas palavras e dirigi-las a todo o Povo de Deus, tendo como pano de fundo o texto evangélico que nos conta a experiência singular que sobreveio a Jesus e a Pedro durante uma noite de tempestade no lago de Tiberíades (cf. Mt 14, 22-33).
Depois da multiplicação dos pães, que entusiasmou a multidão, Jesus manda os discípulos subir para o barco e seguir à sua frente para a outra margem, enquanto Ele despedia o povo. A imagem desta travessia do lago sugere de algum modo a viagem da nossa existência. De facto, o barco da nossa vida avança lentamente, sempre preocupado à procura dum local afortunado de atracagem, pronto a desafiar os riscos e as conjunturas do mar, mas desejoso também de receber do timoneiro a orientação que o coloque finalmente na rota certa. Às vezes, porém, é possível perder-se, deixar-se cegar pelas ilusões em vez de seguir o farol luminoso que o conduz ao porto seguro, ou ser desafiado pelos ventos contrários das dificuldades, dúvidas e medos.

Assim acontece também no coração dos discípulos, que, chamados a seguir o Mestre de Nazaré, têm de se decidir a passar à outra margem, optando corajosamente por abandonar as próprias seguranças e seguir os passos do Senhor. Esta aventura não é tranquila: cai a noite, sopra o vento contrário, o barco é sacudido pelas ondas, e há o risco de sobrepor-se o medo de falhar e não estar à altura da vocação.
Mas, na aventura desta travessia não fácil, o Evangelho diz-nos que não estamos sozinhos. Quase forçando a aurora no coração da noite, o Senhor caminha sobre as águas tumultuosas e vai ter com os discípulos, convida Pedro a vir ao encontro d’Ele sobre as ondas e salva-o quando o vê afundar; finalmente, sobe para o barco e faz cessar o vento.
Assim, a primeira palavra da vocação é gratidão. Navegar pela rota certa não é uma tarefa confiada só aos nossos esforços, nem depende apenas dos percursos que escolhemos fazer. A realização de nós mesmos e dos nossos projetos de vida não é o resultado matemático do que decidimos dentro do nosso «eu» isolado; pelo contrário, trata-se, antes de mais nada, da resposta a uma chamada que nos chega do Alto. É o Senhor que nos indica a margem para onde ir e, ainda antes disso, dá-nos a coragem de subir para o barco; e Ele, ao mesmo tempo que nos chama, faz-Se também nosso timoneiro para nos acompanhar, mostrar a direção, impedir de encalhar nas rochas da indecisão e tornar-nos capazes até de caminhar sobre as águas tumultuosas.

Toda a vocação nasce daquele olhar amoroso com que o Senhor veio ao nosso encontro, talvez mesmo quando o nosso barco estava à mercê  da tempestade. «Mais do que uma escolha nossa, a vocação é resposta a uma chamada gratuita do Senhor» (Carta aos Presbíteros, 4/VIII/2019); por isso conseguiremos descobri-la e abraçá-la, quando o nosso coração se abrir à gratidão e souber reconhecer a passagem de Deus pela nossa vida.
Quando os discípulos veem aproximar-Se Jesus caminhando sobre as águas, começam por pensar que se trata dum fantasma e assustam-se. Mas, Jesus imediatamente os tranquiliza com uma palavra que deve acompanhar sempre a nossa vida e o nosso caminho vocacional: «Coragem! Sou Eu! Não temais!» (Mt 14, 27). Esta é precisamente a segunda palavra que gostaria de vos deixar: coragem.

Frequentemente aquilo que nos impede de caminhar, crescer, escolher a estrada que o Senhor traça para nós são os fantasmas que pululam nos nossos corações. Quando somos chamados a deixar a nossa margem segura para abraçar um estado de vida – como o matrimónio, o sacerdócio ordenado, a vida consagrada – muitas vezes a primeira reação é constituída pelo «fantasma da incredulidade»: não é possível que esta vocação seja para mim; trata-se verdadeiramente da estrada certa? Precisamente a mim é que o Senhor pede isto?
E pouco a pouco avolumam-se em nós todas aquelas considerações, justificações e cálculos que nos fazem perder o ímpeto, confundem-nos e deixam-nos paralisados na margem de embarque: julgamos ter sido um erro, não estar à altura, ter simplesmente visto um fantasma que se deve afugentar.

O Senhor sabe que uma opção fundamental de vida – como casar-se ou consagrar-se de forma especial ao seu serviço – exige coragem. Ele conhece os interrogativos, as dúvidas e as dificuldades que agitam o barco do nosso coração e, por isso, nos tranquiliza: «Não tenhas medo! Eu estou contigo». A fé na presença d’Ele que vem ao nosso encontro e nos acompanha mesmo quando o mar está revolto, liberta-nos daquela acédia que podemos definir uma «tristeza adocicada» (Carta aos Presbíteros, 4/VIII/2019), isto é, aquele desânimo interior que nos bloqueia impedindo-nos de saborear a beleza da vocação.
Na Carta aos Presbíteros, falei também da tribulação, que aqui gostaria de especificar concretamente como fadiga. Toda a vocação requer empenhamento. O Senhor chama-nos, porque nos quer tornar, como Pedro, capazes de «caminhar sobre as águas», isto é, pegar na nossa vida para a colocar ao serviço do Evangelho, nas formas concretas que Ele nos indica cada dia e, de modo especial, nas diferentes formas de vocação laical, presbiteral e de vida consagrada. À semelhança do Apóstolo, porém, sentimos desejo e ardor e, ao mesmo tempo, vemo-nos assinalados por fragilidades e temores.
Se nos deixarmos arrastar pelo pensamento das responsabilidades que nos esperam – na vida matrimonial ou no ministério sacerdotal – ou das adversidades que surgirão, bem depressa desviaremos o olhar de Jesus e, como Pedro, arriscamo-nos a afundar. Pelo contrário a fé permite-nos, apesar das nossas fragilidades e limitações, caminhar ao encontro do Senhor Ressuscitado e vencer as próprias tempestades. Pois Ele estende-nos a mão, quando, por cansaço ou medo, corremos o risco de afundar e dá-nos o ardor necessário para viver a nossa vocação com alegria e entusiasmo.
Por fim, quando Jesus sobe para o barco, cessa o vento e aplacam-se as ondas. É uma bela imagem daquilo que o Senhor realiza na nossa vida e nos tumultos da história, especialmente quando estamos a braços com a tempestade: Ele ordena aos ventos contrários que se calem, e então as forças do mal, do medo, da resignação deixam de ter poder sobre nós.

Na vocação específica que somos chamados a viver, estes ventos podem debilitar-nos. Penso em quantos assumem funções importantes na sociedade civil, nos esposos, que intencionalmente me apraz definir «os corajosos», e de modo especial penso nas pessoas que abraçam a vida consagrada e o sacerdócio. Conheço a vossa fadiga, as solidões que às vezes tornam pesado o coração, o risco da monotonia que pouco a pouco apaga o fogo ardente da vocação, o fardo da incerteza e da precariedade dos nossos tempos, o medo do futuro. Coragem, não tenhais medo! Jesus está ao nosso lado e, se O reconhecermos como único Senhor da nossa vida, Ele estende-nos a mão e agarra-nos para nos salvar.
E então a nossa vida, mesmo no meio das ondas, abre-se ao louvor. Esta é a última palavra da vocação, e pretende ser também o convite a cultivar a atitude interior de Maria Santíssima: agradecida pelo olhar que Deus pousou sobre Ela, superando na fé medos e perturbações, abraçando com coragem a vocação, Ela fez da sua vida um cântico eterno de louvor ao Senhor.

Caríssimos, especialmente neste Dia de Oração pelas Vocações, mas também na ação pastoral ordinária das nossas comunidades, desejo que a Igreja percorra este caminho ao serviço das vocações, abrindo brechas no coração de todos os fiéis, para que cada um possa descobrir com gratidão a chamada que Deus lhe dirige, encontrar a coragem de dizer «sim», vencer a fadiga com a fé em Cristo e finalmente, como um cântico de louvor, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro. Que a Virgem Maria nos acompanhe e interceda por nós."


Roma, São João de Latrão, no II Domingo da Quaresma, 8 de março de 2020.

Franciscus

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Agora como não podemos estar juntos na Catequese ao sábado de manhã, porque não seguirmos a "Catequese em nossa casa" no Youtube juntamente com os nossos pais?

Às segundas-feiras (18:30) - 1º ano
Às terças-feiras (18:30) - 2ºano
Às quartas-feiras (18:30) - 3ºano
Às quintas-feiras (18:30) - 4ºano
Às sextas-feiras (18:30) - 5ºano
Aos sábados (18:30) - 6ºano

Caso não consigas assistir neste horário podes sempre ver noutra altura, aqui segue o link: https://www.youtube.com/user/canaleducris

domingo, 12 de abril de 2020

Cruzes do 5ºano


Manos Afonso e Guilherme










Lucas
Lucas
Uma Santa Páscoa para todos. Diferente dos outros anos, mas de certeza com mais sentimento.
Que o Amor de Cristo Ressuscitado ilumine o coração de cada um de nós.
Cristo Ressuscitou, Aleluia, Aleluia.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Quinta-feira Santa

https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2020-04/reflexao-para-a-quinta-feira-santa.html

Na última ceia vemos a entrega livre de Jesus. A Eucaristia é serviço, é partilha de dons e de vida!
Pe. Cesar Augusto dos Santos, SJ

Entramos hoje, de modo profundo, no mistério da morte e ressurreição do Senhor. Para que isso seja vivido como desejaríamos, se faz necessário tomar atitudes espirituais apropriadas. A primeira é um recolhimento, um sair de si, em um descentramento, abandonando o que nos é próprio, como nossos problemas e decisões, para nos abrirmos a uma realidade ainda misteriosa, e que nos será revelada, à medida que estivermos abertos para ela.

sábado, 4 de abril de 2020

PÁSCOA EM FAMÍLIA: FAZ A TUA CRUZ!


A Cruz é o maior símbolo onde cada cristão encontra o sentido mais profundo da sua caminhada de Fé, pois é na cruz que encontramos o sinal da nossa salvação. Como este ano não poderemos celebrar a Semana Santa e a Páscoa em comunidade. Assim, a partir uma proposta interessante que tem circulado nas redes sociais, desafio cada um de vós a colocá-la em prática nas vossas casas ou nas respetivas ruas/lugares onde moram, de modo a marcarem esta Semana Santa e Páscoa com todo o significado que elas contêm para cada um de nós como cristãos.


A proposta é a seguinte:

  • No próximo Domingo (dia 05), Domingo de Ramos, todos colocarmos uma cruz com um pano roxo ou com ramos verdes num local visível da nossa casa (porta, varanda, janela, portão, jardim, ou dentro de casa...), que aí permanecerá toda a Semana Santa.
  • Quinta-feira Santa - saboreia um jantar especial e faz uma oração de bênção.
  • Sexta-feira Santa - interioriza e reza junto à Cruz.
  • Na Vigília Pascal (dia 11 à noite), colocar uma vela junto à cruz, ou numa janela.
  • No Domingo de Páscoa somos convidados a trocar o pano roxo por um pano branco e a enfeitar essa cruz com flores, assinalando, desta forma, a alegria da Ressurreição de Cristo.


O ideal seria que a cruz permanecesse durante todo o tempo pascal (até ao Pentecostes - 31 de maio).


sexta-feira, 3 de abril de 2020

Domingo de Ramos

“Ficai aqui”


“Tempo de Estar”


Tempo de estar, tempo de presença! Estar particularmente com aquele ou aquela em quem a vida se esvai. “Muito mais do que palavras”, os doentes precisam “do gesto, do toque, da presença, do carinho que se transmite”, diz o P. Albino Reis, capelão do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. “Há pessoas a quem disseram ‘não vive mais do que x tempo’ e que, pela fé, pela oração, estão aí hoje. Os hospitais são canteiros de milagres”. Em tudo precisamos saber estar: estar em oração, em diálogo, em silêncio, em ação…

quarta-feira, 1 de abril de 2020

V Domingo da Quaresma

“Quem acredita em mim, ainda que tenha morrido, viverá”


“Tempo de Acreditar”

Estaremos mesmo dispostos a acreditar? É certo que a nossa vida, e a de tantos e tantas, é abalada e atravessada, muitas vezes, por acontecimentos e atrocidades que não conseguimos explicar, nem eliminar o nosso sentimento de tremenda impotência. No entanto, a fé que nos é proposta e que nos leva a arriscar é posta em causa, mas não deveria ser eliminada. Pode ser questionada, mas não deveria ser anulada.
Dizermos que temos fé e que acreditamos leva-nos a não sabermos tudo. Leva-nos a acreditar num Pai que Se revela num Filho e que dinamiza todo o Seu amor num respirar divino e santo. Leva-nos a acreditar, muitas vezes contra tudo e todos, que a Vida não é finalizada quando todos a sentenciam ou quando a morte nos bate à porta. Acreditar e ter-se fé neste Deus revelado por Jesus Cristo é confiar que o amor nos pode salvar. É crer que Deus, sendo amor, pode o que o amor pode. E o amor pode tudo. É aderir na nossa liberdade e na nossa fragilidade a uma proposta que jamais poderá ser resolvida, mas que nos pode resolver e levar à nossa verdadeira aceitação.
O dom da fé foi-nos dado gratuitamente, mas não depende somente da obra do Espírito Santo para que ele se mantenha, por isso somos chamados a questionar-nos: tu ainda acreditas? Tu ainda acreditas em Deus? Em Jesus Cristo? No Espírito Santo? E na nova Vida que vem d'Ele e por Ele? Se sim, então como nos manifestamos e como "transportamos" esta fé?
Haverá fé na Terra se nos deixarmos confiar numa espera que anda de esperanças (Emanuel António Dias).